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Exportação 2022: informações úteis sobre o cenário do país

Exportação 2022 – informações úteis sobre o cenário do país

O Brasil começou o ano com excelentes taxas e boas previsões para exportação 2022. Apesar de o cenário comercial de modo geral ainda parecer tímido para grandes transações, a recuperação do período mais drástico da pandemia parece ocorrer bem.

Apenas nesse primeiro trimestre do ano já houve um aumento de 25,3% nas exportações. Claro que o setor de agropecuária é o líder nesse quesito, com taxa de crescimento de 97,5% no mês.

Leia até o final e entenda melhor como está esse cenário, quais são as previsões e o que podemos esperar de dados referentes a exportação 2022.

Dados e previsões para exportação 2022

Segundo a Agência Brasil, o órgão oficial do governo sobre exportações do país, os valores brasileiros nesse quesito tiveram uma alta de 31,4% em janeiro. Nesse cenário, as commodities tiveram uma participação de 63% no valor total exportado.

Ainda segundo a fonte oficial do governo, o país atingiu US$ 19,67 bilhões em exportação 2022 somente no primeiro mês do ano. Isso marca o melhor valor para esse mês desde a série histórica iniciada em 1997.

No entanto, vale a pena analisar que junto com o crescimento da exportação aumentou também a importação no país. Isso ocorreu no período da pandemia e acabou trazendo um equilíbrio para o que chamamos de corrente comercial.

A corrente comercial analisa o cenário geral do comércio considerando tanto os valores que entram em exportação quanto aqueles gastos com a importação para suprir as necessidades do país. Nesse quesito houve um aumento de 25% e chegando a US $39,52 bilhões.

A agropecuária na exportação do país

Janeiro é o mês da entressafra, o que acaba causando alguma queda na exportação. Porém, em 2022 o cenário está bem positivo. Mesmo na entressafra houve um crescimento de 97,5% no mês para exportação 2022 de produtos agropecuários.

No entanto, houve uma queda de 18,6% na indústria de extração, incluindo minério de ferro. Isso aconteceu principalmente por conta dos percalços climáticos enfrentados pelo país no período de fortes chuvas, o que acaba comprometendo a atividade.

Quais são as previsões?

Quando falamos em exportação 2022, as previsões são bastante positivas. Ainda que o aumento da importação tenha ocorrido, o Ministério da Economia prevê um aumento na balança comercial.

A expectativa é que 2022 termine com um superávit de US $79,4 bilhões. Isso representa mais de 30% a mais do que o superávit experienciado pelo país em 2021.

Cenário incerto:

É claro que as previsões não consideram uma nova onda de COVID 19. Caso isso venha a acontecer, o que todos esperam que não, as projeções mudam drasticamente.

No entanto, segundo declarações de Lucas Ferraz, secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, para a Agência Brasil, as previsões podem ser feitas com otimismo para 2022.

Apesar do risco de novas ondas da doença, em especial com o surgimento de variantes, há de se considerar que a safra de alguns grãos e a recuperação do mercado de trabalho ajudam a criar esse contexto de estabilidade. No entanto, também é previsto que os preços dos chamados commodities caiam um pouco, mas não a ponto de afetar drasticamente a economia do país.

Guerra da Ucrânia e exportações brasileiras.

Tudo o que o mundo não esperava após enfrentar dois anos de pandemia era uma guerra com proporções desastrosas. Mas, como política e economia são assuntos que nem sempre estão sob controle, fomos surpreendidos com o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Em uma análise ampla, não é difícil imaginar que uma guerra dessa proporção possa impactar diversos aspectos até mesmo no Brasil. O impacto na exportação 2022 também já começa a ser sentido.

Isso ocorre porque muitos gigantes da logística marítima – meio de transporte fundamental para o envio de produtos brasileiros – não estão fazendo suas entregas à Rússia como modo de represália pelos ataques aos ucranianos.

Na prática, isso significa que muitos produtos acabam parados nos portos, e não embarcam rumo ao seu destino no país euroasiático.

No começo de março/ 2022, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos emitiu nota informando que pelo menos 5 dos produtos mais exportados para a Rússia saindo do Brasil já sofreram quedas drásticas.

Grande parte dessa carga já pode até ter sido comprada, mas quando elas estacionam no porto e não partem por uma questão de segurança, acabam empacando novas negociações.

A longo prazo isso pode causar um efeito cascata preocupante para os números do país no que diz respeito à exportação 2022.

Devemos nos preocupar?

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal considera, porém, que o cenário pode ser menos preocupante do que parece.

O Brasil exporta hoje proteína animal para mais de 150 países. A Rússia representa um percentual pequeno, sendo 2,5% das exportações totais do Brasil de carne de frango e 0,8% de carne suína.

Uma das estratégias para enfrentar o impacto comercial da guerra nas exportações de carne é buscar aumentar o fornecimento para outros países, visando assim suprir esse déficit de negociação com a Rússia.

Além dos alimentos, também esperamos impactos no setor automobilístico.

Como muitas fabricantes são de origem europeia, elas acabam se posicionando de forma mais dura com relação à guerra.

Com isso, as matrizes enviam ordens às filiais brasileiras para que também interrompam o fornecimento para a Rússia. É o que aconteceu com a Scania e Volkswagen.

Então, o que esperar?

Considerando tudo isso, podemos entender que o setor de exportação 2022 está bastante incerto, mas continua com boas previsões.

Esse ano o país deve investir em boas relações internacionais e em infraestrutura e desburocratização do processo de exportação. Com isso, alguns problemas podem ter seus impactos drasticamente diminuídos.

O comércio exterior sem dúvidas passa por um período complexo de transição pós pandemia e com o início da guerra. No entanto, o Brasil continua sendo um país de riquezas únicas e essenciais para muitas nações.

É nisso que os exportadores devem se apegar, fornecendo carga de qualidade cada vez maior e formando parcerias fiéis para manutenção da exportação 2022.

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