Para uma gestão financeira eficiente, é muito importante mapear os custos fixos e variáveis de uma empresa. Ao fazer isso, o empreendedor consegue ter um conhecimento real do seu negócio e, dessa forma, pode criar estratégias para reduzir gastos e administrar melhor o seu fluxo de caixa.
E como diferenciar custos fixos e variáveis?
A seguir, entenda as diferenças entre esses dois tipos de gastos!
Custos fixos
Despesas ou custos fixos são aqueles que não estão diretamente ligados à atividade operacional da empresa. Isso significa que, mesmo que as vendas aumentem ou sofram redução, esses gastos permanecerão constantes.
Alguns exemplos de despesas ou custos fixos são os seguintes:
– salários da administração;
– aluguéis;
– seguros;
– vigilância;
– limpeza e conservação;
– energia elétrica do setor administrativo;
– manutenção do setor administrativo.
Uma fábrica que dá férias coletivas em algum período do ano, por exemplo, continuará arcando com o aluguel, salários da administração e demais custos descritos acima. Ou seja, eles continuarão existindo independentemente de a empresa ter ou não faturamento. Por isso, esse tipo de gasto é classificado como custo fixo.
Custos variáveis
Já as despesas ou custos variáveis sofrerão influência direta do faturamento da empresa. Logo, eles aumentarão em momentos de vendas altas e reduzirão proporcionalmente à medida que a atividade operacional venha a desaquecer.
Veja alguns exemplos de despesas ou custos variáveis:
– matérias-primas;
– comissões de vendas;
– água e energia utilizadas na produção;
– manutenção das máquinas do setor de produção;
– impostos sobre vendas.
Tomando o mesmo exemplo anterior, em épocas de férias coletivas não há consumo de matéria-prima. E, uma vez que não há faturamento nesse período, também deixam de ser pagas comissões sobre vendas. Ou seja, esses custos são variáveis conforme a atividade da organização.
Por que é importante diferenciar custos fixos e variáveis?
Quando classifica os tipos de custos, o empreendedor consegue identificar o quanto é preciso gastar para oferecer determinado produto ou serviço. Isso é fundamental para que ele precifique corretamente esses itens. Caso contrário, seus preços ficarão distorcidos, e isso acabará por afetar negativamente o resultado da empresa.
É importante saber que, quanto maior for a produção, mais diluídos estarão os custos fixos, portanto, menos impacto eles terão no custo total da empresa. Quanto mais diluídos forem os custos fixos, mais chance a empresa terá de oferecer bons preços por seus produtos ou serviços, o que impactará positivamente as suas vendas.
Outro ponto importante na separação dos custos é realizar projeções de caixa em determinados períodos do ano. Algumas empresas possuem sazonalidade de vendas (como o varejo em datas especiais, por exemplo). Nesses momentos de faturamento mais alto, os custos variáveis também sobem, e o caixa da empresa deve estar preparado para dar suporte ao novo ritmo de sua atividade.
Por todos esses motivos, é muito importante para a contabilidade classificar os diferentes tipos de custos. Além disso, eles devem ser acompanhados periodicamente, para que se possa identificar eventuais oscilações, como aumento de matéria-prima, energia elétrica ou impostos, por exemplo. Dependendo dessas variações, pode ser necessário um reajuste de preços nos produtos ou uma estratégia de corte de custos para que a empresa continue mantendo a sua rentabilidade.
Conclusão
Conhecer e classificar corretamente os custos fixos e variáveis é fundamental para a gestão da empresa. Como vimos, ao identificar esses custos, é possível traçar estratégias de produção, ações de incentivo às vendas e, também, identificar partes do processo que eventualmente necessitem de melhorias.
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